Páginas

sábado, 7 de outubro de 2017

Princípio da Justiça Social !




         O líder político tem como dever ser justo, praticar a justiça e defender a justiça. Uma sociedade justa se faz na construção histórica do processo político desta sociedade. Nada surge do nada, mas é constituído de um passado histórico. O presente representa os sonhos futuro do passado, se quisermos ter um futuro mais justo, temos que no presente romper com as amarras do passado, e direcionar as ações para um futuro sonhado. A justiça social é possível, basta que a sociedade tenha como princípio político a prática da justiça social.
A justiça social é a que tende ao bem coletivo, à prosperidade de todos para que todos vivam na plenitude da sua dignidade pessoal. Existe a justiça infra social, própria de toda sociedade, a que se funda na coordenação da comunidade humana pelo exercício da política, na subordinação aos princípios de ordenação social. Para aprofundarmos o conceito do princípio de justiça vejamos o que diz Aristóteles:
“Justiça: descrita como disposição do caráter que funda o agir com justiça, fazendo desejar o que é justo. A atividade do homem (na ética, o seu agir) revela e ao mesmo tempo constitui o seu modo de ser (o seu caráter), explicitando-se a circularidade constitutiva entre ser (estar constituído com um determinado caráter) e o agir.” (ARISTÓTELES)
         Assim podemos fazer as seguintes perguntas: Onde cada cidadão político se situa na sua prática de cidadania? Como podemos definir o perfil de nossos líderes políticos? Eles são justos? A sociedade brasileira é justa? Como podemos renovar o mandato de políticos injustos?
         O exercício da política tem o seu ápice no voto, nas eleições. Está na hora de mudarmos o futuro a partir do presente. Eleger políticos realmente justos, comprometidos com a prática da justiça social. Que façam de seus mandatos a oportunidade de transformação da sociedade.
         O futuro só existe porque houve um passado, e há um presente com o compromisso de criar o futuro. Ao olhar a história, faz surgir o novo e impede que o passado perpetue. Esta é a oportunidade para a mudança, de não impedir o inevitável, mas fazer surgir o princípio de justiça social capaz de modelar o comportamento social. Chauí afirma que:

“Vivemos num mundo dominado por aquilo que a ideologia dominante convencionou designar como “progresso tecnológico”. Resultado da exploração física e psíquica de milhares de homens, mulheres e crianças, da domesticação de seus corpos e espíritos por um processo fragmentado desprovido de sentido, da redução de sujeitos à condição de objetos sócio-econômicos, manipuláveis politicamente e pelas estruturas da organização burocrático-administrativa, o “progresso” sequestra a identidade pessoal, a responsabilidade social, a direção política e o direito à produção da cultura por todos os não-dominantes.”


Nenhum comentário: