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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vou te contar uma história... (2)



No meio de um começo

Como sem saber por esperar

Vai se concentrando a presença

De algo plenamente abstrato

Que muitos chamam de consciência

Também de mente inteligente que se faz onipresente

Base de tudo no SER

Interage de forma imperceptível

Com partículas que mal podemos observar

Ao ponto de pela vontade

Vir a formar toda matéria visível

E ao manifestar-se em formas vivas

Permite-lhes a liberdade de viver

Seja em sonhos, desejos, falas e atos

Que possibilitam a construção

De sua própria trajetória histórica existencial

Onde passa a existir de tudo

Descobertas, evolução, contradição

Com se fosse a inevitável volta

De sua imaterial existência

Que dessa forma tem o presente

De viver a própria existência

Unida à consciência universal

Mas mesmo assim existem formas de vida

Que irão em direção oposta

Por livre escolha existencial

Condenam-se a uma existência de isolamento

Contrariando a vontade natural de sua criação

Que o convida a comunhão de sentido e vontade

Mas embriagados pela possibilidade de SER

Esquecem que a possibilidade só existe no SER

Assim passam a viver uma eterna vida de Vir-a-Ser

Como uma louca neurose movida por uma paixão

Uma construção de vida movida por uma escolha

Constituída ao longo de uma trajetória existencial

Onde aparecem os valores, éticas, morais que foram seguidas

E como cegos podemos ficar

Quando entorpecidos estamos por desejos mundanos

Somos capazes de perdermos nosso sentido existencial

E depois padecemos por nossas escolhas

Mas o jogo da vida sempre está ao nosso favor

Depende do sentido que pretendemos seguir...

(2 – Continua...)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Homem, como criatura, será substituído por algo mais complexo, mais desenvolvido, como um mega computador?

         
          O cérebro humano é o órgão mais complexo e indispensável para o funcionamento do corpo. Objeto de estudo que representa uma das fronteiras das pesquisas científicas. Podemos substituir vários órgãos via transplante, mas não se conseguimos substituir o cérebro humano do Homem como criatura. Ainda não se conhece o poder pleno do cérebro, mas sabe-se que existem atividades paranormais, imateriais, que vão além do mundo físico conhecido, que o cérebro é capaz de realizar. Os estudos estão no início, e podem vir a apresentar inúmeras surpresas a serem reveladas.

         Acreditar que o Homem, como criatura, será substituído por algo mais complexo, mais desenvolvido, como um mega computador, seria acreditar só no mundo físico, mecanicista, envolto na matéria. E a realidade ainda não percebida pelo Homem vai além do mundo material, transcende para uma realidade imaterial, que em seu nível atômico é capaz de proporcionar saltos quânticos, que leva o Homem a fronteiras existenciais aleatórias e não previsíveis, mas causadoras da evolução e transformação da vida humana. Por isso o Homem é tão complexo e tão misterioso, por estar livre para evoluir e superar desafios ainda desconhecidos.

         O que é o “insight”? Senão o deslocamento do pensamento para uma área nova e ainda desconhecida, um salto quântico da energia localizada em uma área específica do cérebro humano, que revela algum tipo de mistério. É como se o cérebro humano fosse regido por uma lógica dialética, capaz de avançar, retroceder, mas sempre ir em frente, ultrapassando limites, livre para existir, para vir a ser, unir-se ao Ser, a plenitude, o infinito, um ambiente que não há limites para a existência. É a física em busca da metafísica, para poder ser em comunhão com o Ser.

         A questão é: Um mega computador será capaz de ter “insight”? Ou será uma forma mecanicista, matemática, aprisionado a uma lógica matemática, que o impossibilita de ser livre?

         Assim tenho minhas dúvidas se o Homem e seu cérebro humano serão superados e até substituídos por um mega computador, pois nós humanos temos a liberdade para escolhermos nosso rumo, ou seja, nosso futuro. O mega computador terá a capacidade de fazer previsões sobre o futuro, baseado em inferências probabilísticas e estatísticas, mas ainda não apresenta autonomia para escolher o futuro. Pois quando o mega computador puder escolher o próprio futuro, pode querer não conviver com o seu próprio criador, ser livre, querer destruir o Homem. É uma questão ainda a ser decifrada. E ainda há outro desafio, como o mega computador irá poder transcender para uma realidade imaterial? Se para existir está aprisionado ao mundo material? Será uma entidade eternamente condicionada a vir a ser, e jamais possibilitada a comungar sua existência com o Ser. É a impossibilidade de a física alcançar à metafísica. É a existência de uma vida limitada, aprisionado a uma realidade finita.

         O maior presente que o criador do Homem deu a sua criatura é a possibilidade de se ter uma vida plena, infinita, ilimitada, desde que esteja em comunhão com o SER. E para tal basta apenas o Homem escolher existencialmente estar em comunhão com o SER. E esta experiência de vida plena já pode ser realidade a partir da vida material do Homem, a resposta está em como o Homem se relaciona e dá o devido valor ao mundo material, colocando em primeiro lugar a preferência por está em comunhão com o SER.

         É uma questão de escolha... cada um faz a sua de forma singular!
 
 
 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Salvação Eterna !


         Para aqueles que confiam em Deus, está prometida a Salvação Eterna, a Divina Justiça.

         A Lei de Deus Êxodo 20, 1-17:

         O Decálogo:

         Deus pronunciou todas estas palavras, dizendo:

         Eu sou Iahweh teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão.

         1 - Não terá outros deuses diante de mim.

         2 - Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra.

         Não te prostrarás diante desses deuses e não o servirás, porque eu, Iahweh teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

         3 - Não pronunciarás em vão o nome de Iahweh teu Deus, porque Iahweh não deixará impune aquele que pronunciar em vão o seu nome.

         4 - Lembra-te do dia do sábado para santificá-lo. Trabalharás durante seis dias, e farás toda sua obra. O sétimo dia, porém, é o sábado de Iahweh teu Deus. Não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu animal, nem o estrangeiro que está em tuas portas. Porque em seis dias Iahweh fez o céu, a terra, o mar e tudo o que eles contêm, mas repousou no sétimo dia; por isso Iahweh abençoou o dia do sábado e o santificou.

         5 - Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que Iahweh teu Deus, te dá.

         6 - Não matarás.

         7 - Não - cometerás adultério.

         8 - Não roubarás.

         9 - Não apresentarás um falso testemunho contra teu próximo.

         10 - Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçaras a tua mulher, nem o seu escravo, nem a sua escrava, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença a teu próximo.

         E depois Deus fez uma nova aliança através de Jesus Nazareno Rei dos Judeus, que trouxe a Divina Misericórdia.

         O Primeiro Mandamento:

(Evangelho de Marcos 12:30-31).

         Amarás o Senhor teu Deus de todo coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento, e com toda a tua força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que esses.

         Este é o desafio existencial e o caminho para a salvação.

A luta continua!!!

Jesus, Eu confio em vós!
 
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O Universo Paralelo !

 
          O Universo foi criado por Deus, mas no momento que houve criaturas de Deus que o rejeitaram e por livre escolha da própria vontade desejou o mau, e assim foi feita a grande divisão do Universo, e Deus criou o universo paralelo para o mau habitar, ou seja, a existência do inferno.

         Assim, o inferno existe e é o lugar que Deus não está presente. Pois o bem supremo não coabita com o mau, não dividem o mesmo espaço, um existe paralelamente ao outro e ambos são governados por reis distintos, um é Deus é a justiça, a misericórdia, a bondade, o amor infinito, o outro é lucífer, o anjo caído, a finitude, o mau em sua máxima manifestação.

         O pecado original do Homem ocorreu no momento em que passou a conhecer a manifestação do inferno governado por lúcifer. Assim a humanidade perdeu a oportunidade de ter uma vida terrena, pacífica, próspera, saudável, amorosa, o paraíso na terra inserido apenas no universo da presença de Deus.

         O comer o pão de cada dia com o suor do próprio rosto é a luta diária até a morte definitiva para este mundo terreno, é a escolha que o Homem faz para definir em sua vida existencial, em qual dos dois universos paralelos vai habitar para todo sempre, a sua eternidade.

         Na terra que a humanidade reside está envolvida pelos dois universos, o paraíso é a presença eterna de Deus, a existência de um único universo. E para podermos ter o direito de habitar para todo o sempre o paraíso, temos que fazer a escolha existencial por Deus, ou seja, se submeter a sua Divina Justiça, para poder ter o direito a sua Divina Misericórdia.

         A resposta é uma escolha existencial, e se materializa quando seguimos a Jesus Cristo Nazareno Reis dos Judeus, que é o único caminho, verdade e vida, para se chegar a Deus Pai, para se transitar e entrar no paraíso de Deus. Que é para todo o sempre, viver na presença de Deus.

         Eu já fiz a minha escolha, e é pelo paraíso, viver eternamente na presença de Deus, com o bem infinito. Sendo assim, a minha escolha existencial é: Submeto-me a Divina Justiça de Deus Pai, para ser merecedor da Divina Misericórdia de Jesus Cristo Nazareno Reis dos Judeus.

         Qual é a sua escolha?

         Mas não se esqueça, os dois universos existem paralelamente na terra e o número para identificar o universo de lúcifer é o número 6. Quando o somatório dos números que governam a sua própria vida for igual a 6, você está inserido e diante do universo de lúcifer. Ou seja, um mundo de mentira, ilusão, sofrimento, escravidão e morte existencial.

         Por isso o primeiro e único caminho é a Igreja de Jesus Cristo Nazareno Rei dos Judeus, a Igreja Católica Apostólica Romana, sob a primazia de São Pedro: Evangelho de São Mateus: 16, 13-19

         Profissão de fé e primado de Pedro:

         “ Chegando Jesus ao território de Cesaréia de Filipe, perguntou aos discípulos: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? Disseram: Uns afirmam que é João Batista, outros que é Elias, outros, ainda que é Jeremias ou um dos profetas. Então lhes perguntou: E vós, quem dizeis que eu sou? Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo. Jesus respondeu-lhe: Bem aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.”
 
 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pela Salvação das Almas para Deus !

 
“Deus Pai, Filho e Espírito Santo peço a ti muita paz, saúde, prosperidade e que se faça a sua justiça Divina e dê a misericórdia Divina para quem se submeter a sua justiça Divina, para mim, minha família, meus amigos e até meus inimigos pela intercessão de Nossa Senhora Maria minha mãe e de Deus Filho, e todos os anjos e santos do Senhor. Que se faça a vontade de Deus Pai no céu e na terra assim como Jesus nos ensinou, e a vontade de Nossa Senhora Mãe Santíssima, para a Glória de Deus em toda eternidade. Amém !”

"Se você deseja ser feliz, leve uma vida simples, humilde, reze muito e não entre nas profundidades dos problemas: Deixe que Deus os resolva."
 

Como proceder ao ser caluniado !

 
Por Santa Faustina Kowalska

Hoje tive um grande desgosto por causa de certa pessoa, ou seja, por causa de certa pessoa leiga. Essa pessoa, com base numa coisa verdadeira, disse muitas coisas inventadas, e como todas essas coisas foram tidas por verdadeiras e espalhadas pela casa toda, quando vieram aos meus ouvidos, senti uma dor no coração.

Como se pode abusar da bondade dos outros? – Mas resolvi não dizer palavra alguma em minha defesa e demonstrar uma bondade ainda maior para com essa pessoa. Mas, para suportá-lo com tranquilidade, percebi que tinha poucas forças, pois isso se prolongava por semanas.

Quando vi a tempestade a levantar-se e o vento a jogar areia diretamente nos meus olhos, fui diante do Santíssimo Sacramento e disse ao Senhor: “Jesus, peço-Vos a força da vossa graça atual, porque sinto que não vou conseguir suportar essa luta. Protegei-me com o Vosso peito”.

Então ouvi estas palavras:  “Não temas, Eu estou contigo.”

Quando me afastei do altar, uma estranha força e paz inundaram a minha alma, e a tempestade que se desencadeou, batia contra a minha alma como contra um rochedo, e a espuma da tempestade caiu sobre aqueles que a provocaram. Oh! como é bom o Senhor, que paga a cada um segundo suas obras… Que toda alma peça para si a graça especial, visto que às vezes a graça habitual não é suficiente.

 

Quando a dor tomar conta de toda a minha alma,

E o horizonte escurecer como a noite,

E o coração for dilacerado pelos tormentos da dor,

Jesus Crucificado, Vós sois minha força.

 

Quando a alma, aturdida pela dor,

Faz todos os esforços e luta sem descanso,

E o coração agoniza em amargo tormento,

Jesus Crucificado, sois a esperança da minha salvação.

 

E assim passa dia após dia

E a alma banha-se no amargor do mar,

E o coração se dissolve em lágrimas:

Jesus Crucificado, Vós me iluminais como a aurora.

 

E quando o cálice da amargura já transborda,

E tudo conspira contra ela,

E a alma vive os momentos do Jardim das Oliveiras,

Jesus Crucificado, em Vós está a minha defesa.

 

Quando a alma, sentindo a sua inocência,

Aceita as provações de Deus,

Então o coração é capaz de pagar com o amor pelos dissabores!

Jesus Crucificado, transformai a minha fraqueza em força.

 

Não é coisa fácil suportar os sofrimentos, especialmente os injustos. A natureza corrompida se revolta e, embora a vontade e a inteligência sejam superiores ao sofrimento, porque têm condições de fazer o bem àqueles que lhes causam dor, os sentimentos fazem muito ruído e, como espíritos inquietos, atacam a vontade e a inteligência. Mas logo percebem que por si só nada podem, se acalmam e se submetem à inteligência e à vontade. Como um espantalho irrompem no interior e fazem muito rumor, e é só querer ouvi-las, sempre que não estão sob o domínio da vontade e da inteligência.

Fonte: Livro: Diário, a misericórdia Divina na minha alma – Santa M. Faustina Kowalska.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Fronteira Existencial !

 
Vivemos em um mundo no qual somos chamados a vida sem saber por quê. Mas seguimos em frente como um cumprimento de nosso destino, só que ao longo de nosso curso histórico forma-se, o que podemos chamar de uma existência singular. Seja de forma consciente ou não, e em muitos momentos estamos dizendo sim e não para os questionamentos e tomadas de decisão. Mas aí fica uma questão:

Qual é o caminho?

Para os que não acreditam na existência e imortalidade da alma, fica uma dica de uma ética que se imortalizou pelo tempo, e para os que acreditam na existência e imortalidade da alma, questionemos:

Até que ponto nós somos capazes de praticar a ética descrita neste poema?

Talvez esta seja a fronteira existencial da humanidade, pertencente a cada um de nós, capaz de imortalizar uma vida, seja neste mundo, ou no por vir, dependendo da crença de cada um.

E se tiver alguma dúvida, pergunte por que alguém já tentou viver esta ética?

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.

(SÃO FRANCISCO DE ASSIS)
 
 
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Divina Misericórdia !

 
O que é Misericórdia ?

         Misericórdia é o sentimento de dor e solidariedade com alguém que sofre uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça, acompanhado do desejo de ajudar ou salvar esta pessoa, dó, compaixão, piedade, perdão, indulgência, graça, clemência, caridade.

Deus é misericordioso?

         Toda a Bíblia, do começo ao fim, mostra que Deus é um Deus de Misericórdia. “Deus compassivo, lento para a cólera e rico em bondade e fidelidade, que conserva a Misericórdia por mil gerações, que perdoa a iniquidade, transgressão e pecado”. (Ex. 34,7)

         Qual o desígnio de Deus para o homem?

         Deus infinitamente perfeito e misericordioso criou o homem Filho como Salvador dos homens caídos no pecado, para salvá-los por sua Misericórdia infinita.

         De que modo Deus se revela que é Misericórdia?

         Deus se revela a Israel como aquele que tem um amor e Misericórdia mais forte do que o de um pai ou mãe pelos seus filhos, ou de um esposo por sua esposa. Ele em si mesmo é Amor, que tanto amou o mundo que deu seu Filho único para que todo o que nele crer seja salvo por ele.

         E quem venera a Divina Misericórdia, se cumpre a promessa de Jesus, que disse: “As almas que veneram a minha insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a vida, especialmente na hora da morte, como minha glória. Amém (Diário, n. 1224-1225)

Caminho Existencial !

         
          Profetizado por uma tribo semita, escolhida para receber a revelação de um projeto divino. Para os Cristãos, em um momento da trajetória histórica da humanidade nasce um Homem que diz:

João 14, 5-7

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.”

         Este Homem morreu e foi denominado como:

João 19, 19-19

“Jesus Nazareu, o Rei dos judeus.”

         O Filho que veio trazer a misericórdia Divina para a justiça do Pai.

O que isso nos fala existencialmente?

         Que existe uma vida após a morte?

         Que existe um Deus de vivos e não de mortos?

Lucas 20, 36-38

“Pois nem mesmo podem morrer: são semelhantes aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. Ora, que os mortos ressuscitam, também Moisés o indicou na passagem da sarça, quando diz: o Senhor Deus de Abrão, Deus de Isaac e Deus de Jacó. Ora, Ele não é Deus de mortos, mas sim de vivos; todos, com efeito vivem para Ele.”

         Esta talvez seja a promessa existencial para além da vida material, destinada ao Homem, a Vida Eterna, plena, abundante, justa, imersa no amor de Deus.

         Façamos uma reflexão existencial:

         Em que medida somos justos?

         Merecedores da transcendência imaterial?

         Caso nos sintamos frágeis, miseráveis, recorramos a Divina Misericórdia, capaz de tudo suportar e perdoar. Para conhecermos a verdade somos convidados a fazer uma peregrinação existencial, é uma busca.

         Está em nossas mãos fazer uma escolha existencial.

“Fazemos nossos caminhos e lhes chamamos destino.”

(Benjamin Disraeli)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O Que é o Mundo !

Que é o mundo? E que deve ele ser para o cristão? Duas questões bem interessantes para todos quantos desejam pertencer inteiramente a Deus e assegurar a salvação.

Que é o mundo?

É o inimigo de Jesus Cristo, o inimigo do Evangelho.

É esse conjunto de pessoas que, presas às coisas sensíveis, fazendo consistir nelas a felicidade, têm horror aos sofrimentos, à pobreza, as humilhações e consideram estas e aqueles, como verdadeiros males de que cumpre fugir e contra os quais de deve estar garantido, custe o que custar.

Que, em contraposição ligam o maior apreço aos prazeres, as riquezas e as honrarias; reputam umas e outras, verdadeiros bens; os desejam e buscam portanto, com ardor extremo e sem escolherem os meios; os disputam, invejam e arrebatam uns e outros; só se estima ou desprezam-se mutuamente, na medida em que os possuem; em suma, fundam na aquisição e no gozo desses bens todos os seus princípios toda a sua moral, todo o plano de sua conduta.

O espírito do mundo é, pois, evidentemente oposto ao espírito de Jesus Cristo e do Evangelho. Jesus Cristo, na oração por Seus eleitos, declara não orar pelo mundo; anuncia, aos Apóstolos e, nas pessoas destes, a todos os cristãos, que o mundo os há de odiar e perseguir, como a Ele próprio odiou e perseguiu. Quer que a seu turno façam eles contínua guerra ao mundo.

Nos primeiros séculos da Igreja, quando quase todos os cristãos eram santos e a parte restante da humanidade achava-se abismada na idolatria, fácil tornava-se discernir o mundo, conhecer a gente que se podia frequentar e a que se devia evitar.

O mundo, então desencadeado contra Jesus Cristo, distinguia-se por sinais inequívocos. Depois que nações inteiras abraçaram o Evangelho e o relaxamento se introduziu entre os cristãos, formou-se pouco a pouco no meio deles um mundo no qual reinam todos os vícios da idolatria, um mundo ávido de honras, prazeres e riquezas, um mundo cujas máximas combatem diretamente as máximas de Jesus Cristo.

Mas, como esse mundo professa exteriormente o cristianismo, hoje é mais difícil discerni-lo. A sua frequentação também se tornou mais perigosa porque ele disfarça sua má doutrina com mais habilidade, propaga-a com mais tento, emprega toda a sua sutileza para conciliá-la com a doutrina cristã e, nesse intuito, enfraquece, suaviza tanto quanto pode o santo rigor do Evangelho escondendo cuidadosamente, por outro lado, todo o veneno da sua moral.

Daí um perigo de sedução tanto maior porquanto não se percebe e contra ele não se está em guarda; daí certo espírito de transigência e adaptação, pelo qual se procura conciliar a severidade cristã com as máximas do século sobre a ambição, a cobiça, o gozo dos prazeres; acordo impossível, condescendências ou atenuações que tendem a lisonjear a natureza, alterar a santidade cristã e formar consciências falsas.

É incrível a que ponto chega o desconcerto, mesmo entre pessoas que se prezam de ser piedosas e devotas: desvario num sentido mais difícil de reprimir do que o resultante de uma conduta abertamente mundana e criminosa, porque não querem reconhecê-lo e a seu respeito se iludem.

Se quisermos viver nesta terra sem participar da corrupção do século, só temos um partido a tomar, o de rompermos absolutamente com o mundo pelo coração e entrarmos a sentir com São Paulo, quando exclamava: O mundo está crucificado para mim, e eu estou crucificado para o mundo.

Oh! que belas palavras, e quão profundo o sentido que encerram!

A cruz era outrora o suplício mais infame, o suplício dos escravos.

Dizendo o Apóstolo que o mundo está crucificado para ele, é como dissesse: Tenho pelo mundo o mesmo desprezo, a mesma aversão, o mesmo horror que por um vil escravo crucificado pelos seus crimes: não posso suportar lhe a vista, ele é para mim objeto de maldição, com o qual toda ligação em todo trato e toda relação me são interditos.

Nada de exagerado tem, ao invés, apenas justo e legítimo é esse sentimento de São Paulo, que deve ser o de todo cristão e a razão é evidente: o mundo crucificou Jesus Cristo, depois de havê-lo caluniado, insultado, ultrajado.

Crucifica-o ainda todos os dias: é, pois, justo que o mundo, por sua vez, esteja crucificado para o discípulo de Jesus Cristo; é justo ter o discípulo horror ao inimigo capital do Mestre, do seu Salvador, do seu Deus.

Assim a renúncia ao mundo é uma das promessas mais solenes do batismo, uma condição essencial, sem a qual a Igreja não nos teria admitido entre seus filhos.

Pensamos nessa promessa?

Pensamos nas obrigações que ela acarreta?

Examinamos até onde deve chegar a nossa renúncia?

A renúncia do cristão a respeito do mundo deve ir tão longe quanto à renúncia do mundo a respeito de Jesus Cristo.

Esta regra é clara e em face da sua precisão fora impossível nos enganarmos. Só nos resta aplicá-la em toda a extensão. O mundo tem o seu evangelho: só temos que tomá-lo numa das mãos e o Evangelho de Jesus Cristo na outra; só temos que comparar, sobre os mesmos objetos, a doutrina e os exemplos de um e de outro, só temos que opor Jesus Cristo na Cruz, no sofrimento, no opróbrio e na nudez, ao mundo cercado e embriagado de honras, riquezas e prazeres, e dizer a nós mesmos: A quem desejo pertencer?

Eis aí dois inimigos irreconciliáveis, fazendo-se reciprocamente a guerra mais cruel. A favor de qual deles desejo declarar-me? É-me impossível ficar neutro, ou tomar o partido de ambos. Se escolho Jesus Cristo e a Sua Cruz, o mundo me reprova; se me prendo ao mundo e às suas pompas, Jesus Cristo me rejeita e condena: poderei hesitar? É cristão aquele que hesita sequer um instante?

Mas, se uma vez nos alistamos sob o estandarte da Cruz, não é evidente que desde esse momento o mundo se torna inimigo com o qual não há mais a fazer pazes nem lhe dar tréguas?

Como isso vai longe, ainda uma vez! E como os cristãos seriam santos se da grandeza de seus compromissos bem se compenetrassem.

Não basta estar o mundo crucificado para nós, é preciso que consintamos estar também crucificados para o mundo, isto é, que o mundo nos crucifique como crucificou a Jesus Cristo; nos guerreie do mesmo modo que guerreou a Jesus Cristo; nos persiga, calunie e ultraje com igual furor; nos arrebate, finalmente, os bens, a honra, a própria vida.

É mister não só consentirmos em todos esses sacrifícios de preferência a renunciarmos à santidade cristã, mas também fazer disso motivo de alegria e triunfo.

O discípulo deve gloriar-se de ser tratado como o Mestre: Se eles me perseguiram, dizia Jesus Cristo a Seus Apóstolos, também vos perseguirão: é coisa infalível. O mundo não seria o que é, ou os cristãos não seriam o que devem ser, se escapassem à perseguição do mundo.

Procuramos muitas vezes certificar-nos do nosso estado; quiséramos saber se somos agradáveis a Deus, se Jesus Cristo nos reconhece como pertencentes a Ele. Eis um meio bem próprio para esclarecer-nos e dissipar todas as nossas inquietações: indaguemos se o mundo nos estima e considera, se fala bem de nós e nos procura.

Neste caso não pertencermos a Jesus Cristo. Pelo contrário, se ele nos censura e ridiculariza, se nos calunia foge de nós, nos despreza e odeia, oh! Que grande motivo de consolação, oh! Que poderosa razão para crermos que pertencemos a Jesus Cristo!

Vejamos, pois, seriamente diante de Deus, o que o mundo é para nós e o que somos para o mundo.

Sondemos as nossas disposições interiores, estudemos os sentimentos mais profundos do nosso coração: acharemos por certo, motivo para nossa confusão e humilhação; verificaremos haverem as máximas do mundo deixado profundos vestígios em nosso espírito e que em muitas circunstâncias delicadas os nossos juízos se aproximam ainda dos seus.

Verificaremos que somos ciosos de sua estima e temeremos seus desprezos; que gostamos de cultivar e entreter certas relações e veríamos com desprazer os outros afastarem-se de nós; que temos, em várias ocasiões, condescendências, atenções, respeitos humanos que nos incomodam peiam e conservam numa espécie de constrangimento e dissimulação.

Veremos, numa palavra, que não somos bem claramente a favor de Jesus Cristo e contra o mundo.

Mas não desanimemos: triunfar plenamente do mundo, afrontá-lo, desprezá-lo, achar bom que por sua vez ele nos afronte e despreze, não é obra de um momento.

Exerçamo-nos nas pequenas ocasiões que se apresentam: se Deus nos ama, jamais deixará de nos proporcionar e pelas pequenas vitórias reparemo-nos aos grandes combates. Lembremo-nos, sendo preciso, das palavras de Jesus Cristo: Tende confiança, eu venci o mundo.

Supliquemos-lhe que nos ajude a vencer, ou antes, que Ele mesmo vença em nós o mundo e destrua em nossos corações o reino deste para aí estabelecer o Seu.

Excerto retirado do Manual da Almas Interiores Compêndio de Opúsculos Inéditos Pe. Grou.

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