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domingo, 7 de abril de 2024

A importância das campanhas publicitárias no combate à violência doméstica !

 


         A violência doméstica é uma cruel realidade presente na sociedade. A taxa de feminicídio e violência contra mulher é alta, ela está em grande parte presente nas famílias, causando todo tipo de traumas e transtornos para quem sofre a violência.

         As causas principais deste comportamento errático são o conservadorismo, patriarcalismo e machismo que estão presentes na cultura brasileira, existe uma grande resistência cultural do homem brasileiro em aceitar e respeitar a liberdade e os direitos da mulher. Grande parte das vezes, o homem ao se relacionar com mulher e se casar, ele para a ter um sentimento de posse e a tratá-la como uma coisa que a ele pertence e tem a sua posse. A mulher não é vista em sua plenitude, como um ser humano que tem deveres, direitos e a liberdade de se autoafirmar como deseja.

         A violência doméstica é uma forma do homem se sobre por sobre a mulher, e se autoafirmar. Para a sociedade brasileira mudar esta realidade de forma pacífica e civilizada, se faz necessário a realização de campanhas publicitárias no combate à violência doméstica, com o objetivo de transformar a cultura e criar uma sociedade brasileira mais justa, civilizada e cidadã. O combate a violência doméstica tem que estar presente em todos os espectros da sociedade, na educação, na religião, na política, no trabalho, nas empresas privadas e nas campanhas publicitárias financiadas pelo Estado. Só assim, a sociedade brasileira poderá superar este grande desafio.

         O combate à violência doméstica é um ato de cidadania e avanço civilizatório da sociedade, que pode prevenir muitos males psíquicos e físicos, edificando a família e gerando pessoas melhores para viver em sociedade.

Violência Doméstica: por que elas não vão embora? | Juliana Wallauer | TEDxFortaleza



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sábado, 23 de março de 2024

Era da Tecnocracia Totalitária !

 


         A opressão não tem fim, mas ela sempre vai se chocar com o desejo de liberdade[1]”. O século XXI está marcado por uma nova forma de opressão, sutil e avançada que não se restringe aos Estados Nacionais, mas são supranacionais e exercidas pelas grandes corporações multinacionais.

         O instrumento para exercer o controle e formas de punição é a tecnologia, ou seja, o emprego de conhecimentos científicos em todas as áreas, como: produção, transportes, comunicações, serviços, educação e mais. Esta ação podemos definir como a TECNOCRACIA, fazer da técnica um instrumento de poder por parte dos líderes econômicos, militares e políticos, com o objetivo de defender os próprios interesses e controlar a sociedade.

         Estamos vivendo a Era da Tecnocracia Totalitária onde a tecnologia se identifica com a vida dos humanos, e se exerce o absolutismo doutrinário e político. É uma realidade que põe em perigo a democracia e a liberdade das pessoas.

         A liberdade está limitada pela visão de mundo da classe dominante, qualquer algo diferente representa uma ameaça ao status quo estabelecido. A lógica é do alcance da maior eficiência e eficácia de forma racional, direcionada pelos meios tecnológicos, reduzindo a humanidade do ser humano a uma máquina, previsível e direcionável.

         Para que este modelo de gestão seja possível, se faz necessário a ação de tecnocratas, gestores que fazem o uso da tecnologia para obter soluções técnicas e racionais, sem levar em conta as questões humanas e sociais para os desafios da vida.

         O mundo que a Era da Tecnocracia Totalitária está edificando é mais cinzento e sem vida, não há o colorido da subjetividade humana, onde 1+1 é mais do que dois. A alegria e a vontade de viver são abaladas pela falta de liberdade para a manifestação do Ser no tempo e no espaço. Perde-se a noção do que é ser humano, onde não possa existir sonhos e romantismo, a vida torna-se determinista como se houvesse uma causa para tudo e a tecnologia seja capaz de fornecer as respostas.

         As ações humanas, são causadas por eventos anteriores, o futuro é totalmente previsível com base nas condições presentes e passadas. É esta segurança que a classe dominante busca, para assim poder planejar os seus empreendimentos e maximizar os lucros. A finalidade de toda ação em uma sociedade digira pelo modelo capitalista neoliberal é a obtenção do lucro, a qualquer preço, sem as limitações éticas e morais que o humanismo combate em oposição a Era da Tecnocracia Totalitária.

         A libertação da humanidade passa pela volta ao humanismo integral e a defesa de uma ética e moral que coloque em primeiro lugar o ser humano, onde os lucros dos empreendimentos econômicos devem estar a serviço de um bem maior, e não ser um fim em si mesmo, onde torna o homem uma máquina que se aliena de sua singularidade.



[1] GREGÓRIO DUVIVIVER é ator, humorista, roteirista e escritor. - ORWELL, George. 1984; ilustrações por Rafael Coutinho; tradução de Antônio Xerxenesky. – Rio de Janeiro : Antofágica, 2021.

Tecnocracia e Totalitarismo


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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A queda do poder de compra do salário-mínimo de 2013 a 2023 é de 46,7% !

 


         O debate sobre o poder de compra do trabalhador deve ser melhor analisado, pois existe uma situação que demonstra uma defasagem no poder de compra em 46,7% em dez anos. Vamos aos fatos e registros históricos:

         Valor da cesta básica em 2013: R$ 318,40 – Média Nacional

         Valor da cesta básica em 2023: R$ 768,61 – Média Nacional

         Aumento de 241,4% da cesta básica em 10 anos.

         Valor do salário-mínimo em 2013: R$ 678,00

         Valor do salário-mínimo em 2023: R$ 1.320,00

         Aumento de 194,7% do salário-mínimo em 10 anos.

         Assim, para sabermos o quanto a renda está defasada é só subtrairmos o percentual de aumento da cesta básica menos o percentual de aumento do salário-mínimo: 241,4% - 194,7% = 46,7%

         Esse é o problema do Brasil, é como se a massa salarial do trabalhador brasileiro diminuísse em 46,7% em dez anos. Pode parecer apenas um índice, mas é como se o mercado interno perdesse 46,7% em poder de compra. É por isso que empreender e ganhar dinheiro no Brasil está difícil, não basta estar barato, precisa estar viável.

         Imaginemos uma hipótese, é como se os 100 milhões de trabalhadores gerassem uma massa salarial de R$ 67.8 bilhões de reais por mês e 813.6 bilhões de reais por ano em 2013. Se o salário-mínimo fosse corrigido pela inflação da cesta básica, os trabalhadores estariam gerando uma massa salarial de R$ 163,66 bilhões de reais por mês e 1.964 trilhões de reais por ano em 2023. Mas, os trabalhadores estão gerando uma massa salarial de R$ 132 bilhões de reais por mês e 1.584 trilhões de reais por ano em 2023. Existe uma perda potencial de 1.964 trilhões de reais por ano - 1.584 trilhões de reais por ano = 380 bilhões por ano.

         Como um país pode crescer de forma sustentável se a massa salarial decresce ano a ano? Este é um debate sério que deve ser feito. Que país a nossa sociedade que conceber, uma país de miseráveis ou um país prospero com uma qualidade de vida para todos?

         Esse é um método simples de analisarmos o que acontece no país, mas esse debate tem que sair da academia e ser aprofundado por economistas que querem a prosperidade do Brasil. Todo trabalhador sente que existe uma defasagem no poder de compra do salário, o custo de vida ficou mais caro, por isso se faz necessário um debate responsável por uma POLÍTICA compra para tonar viável os projetos de atualização e modernização da economia brasileira. Quem faz a economia ser viável e sustentável é o poder de compra do trabalhador.

         A análise é uma reflexão aproximada da realidade, mas se os empresários quiserem ver os seus negócios prosperarem a longo prazo, deveriam começar a avaliar a necessidade de corrigir o poder de compra do trabalhador. Não adianta fazer investimento de bilhões se não tiver consumidores para os produtos e serviços ofertados. O ponto de equilíbrio entre a demanda e a oferta está diretamente ligada ao poder de compra do salário do trabalhador.

Roda Viva | Fernando Haddad | 22/01/2024





domingo, 21 de janeiro de 2024

Assunto Espinhoso, mas Estratégico: Política Salarial !

 


         A sociedade brasileira necessita avançar no debate que representa um assunto espinhoso, mas estratégico para o êxito dos projetos empresariais. Toda empresa, seja ela pública ou privada, só sobrevive a logo prazo, se e somente se tiver uma entrada maior que uma saída de recursos financeiros. Ou seja, as empresas sadias têm lucro nas suas operações.

         O que é capaz de gerar entrada de recursos financeiros para a empresa? É a compra do produto ou serviço por parte do consumidor. O que é capaz de permitir que o consumidor possa comprar produtos ou serviços? É o tamanho da sua renda, que pode ter inúmeras fontes: a ativa (trabalho) e a passiva (investimentos).

         O trabalhador comum tem na maioria das vezes uma fonte de renda, a ativa (trabalho). E esse trabalhador comum que faz a diferença na economia do país, pois representam 50% da população brasileira, um pouco mais de 100 milhões de brasileiros e brasileiras. Essa é a força do trabalhador brasileiro, e é ele que tem nas mãos a capacidade de tornar os investimentos empresariais atrativos e viáveis, a partir do consumo. Façamos um pequeno exercício matemático para demonstrar o quanto a economia brasileira pode se tornar previsível para o investidor.

         A maior parte dos trabalhadores brasileiros têm uma renda média de um a dois salários-mínimos, o que é insuficiente para ter uma vida digna segundo Pesquisa nacional da Cesta Básica de Alimentos do DIEESE, o salário-mínimo ideal deveria ser: Período dezembro de 2023, salário-mínimo nominal R$ 1.320,00 e salário-mínimo necessário R$ 6.439,62. Mas imaginemos que a renda média de 100 milhões cidadãos sejam de R$1.980,00 capaz de gerar uma massa salarial de 198 bilhões de reais mensalmente e 2,3 trilhões de reais anualmente aproximadamente. O que falta então para tornar o retorno financeiro dos futuros investimentos previsíveis e viáveis? Falta uma política salarial...

         Idealizemos uma política salarial para os próximos 10 anos, que venha melhorar a renda o trabalhador, aumentar o consumo e tornar os investimentos viáveis.  A proposta é aumentar anualmente a renda média do trabalhador em 16% a.a., o que pode representar um aumento da massa salarial em 441% em dez anos. Sairíamos do atual 2,3 trilhões de reais a.a. para o potencial de 10,14 trilhões de reais a.a.

         A lógica é que o aumento da massa salarial em dez anos é capaz de viabilizar e tornar lucrativo muitos projetos de investimento e atrelado a este potencial resultado, o Estado pode vir a aumentar a sua receita tributária e se tornar superavitário, capaz de cumprir as suas obrigações.

         O debate sobre o aumento da massa salarial no Brasil parece ser um tabu, pois pouco se fala como uma estratégia para tornar a economia do país perene, previsível, segura e sustentável para o investidor. Porque a pergunta que um empreendedor faz par tornar o seu empreendimento viável é se existe consumidor para o seu produto ou serviço. Se não houver consumidor, o investidor pode alocar todo dinheiro do mundo e não terá êxito. Esta é uma dura realidade que deve ser debatida no país, pois só assim, encontraremos caminhos para tornar a economia do Brasil viável a curto, médio e longo prazo. Como esta questão é de interesse dos trabalhadores, cabe aos sindicatos dos trabalhadores iniciarem este debate a nível nacional, pois o que está em jogo é o futuro do país e o bem-estar da população. Na medida que for capaz de demonstrar as possibilidades de retorno e o ganho dos investidores, os sindicatos patronais também entraram no debate para melhorar a proposta de uma política salarial, que torne interessante para todos envolvidos: o Estado, o investidor e os trabalhadores. Essa ação não é um sonho, mas uma estratégia para um futuro possível. As desigualdades socioeconômicas podem ser superadas com atitudes criativas, que tragam segurança, paz e felicidade para a nação brasileira.

O poder de uma boa política salarial !



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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Plano Safra Indústria 2024/2025 com financiamento de R$800 bilhões !!!

 

         O Brasil pode criar uma política de Estado para a indústria nacional, este setor que foi muito importante no passado para a construção do país, pode voltar a crescer e sorrir, gerando investimento, emprego e elevar a arrecadação de impostos do Estado brasileiro. Qual seria o efeito multiplicador de cara R$1,00 investido na INDÚSTRIA BRASILEIRA? Quanto emprego pode ser gerado? Quanta inovação tecnológica? Quantas oportunidades de negócios podem ser geradas na sociedade? Todos podem ganhar, empregadores, empregados e o Estado.

         Os recursos vão apoiar a produção industrial nacional. O plano incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis. Os recursos financeiros são destinados para apoiar a produção industrial de grandes, médias e pequenas indústrias ao longo do ano de 2025.

         O Plano incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção industrial sustentável, com redução das taxas de juros para as indústrias que geram emprego com salários diferenciados, investe em treinamento e formação de mão-de-obra especializada, investe em Projeto & Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia vinculadas aos Institutos de Pesquisa Públicas e Privadas, Universidades Públicas e Privadas, com o objetivo de gerar inovação tecnológica.

         Existe um paradigma que deve ser seguido, um conceito utilizado pela Ford no início de sua formação e razão para o seu sucesso: “Criarei um produto que o meu colaborador possa comprar”. Para haver aumento da produção, tem que haver aumento do consumo e para haver aumento do consumo tem que haver aumento do salário do colaborador, por isso que participar do Plano, a indústria tem que ter uma proposta de pagar salários diferenciados para os seus colaboradores, um exemplo já praticado pela Natura.

         O Plano Safra Indústria 2024/2025 com financiamento de R$800 bilhões tem que ser construído por três atores: o empregador, os empregados e o Estado. Os empregadores têm as suas entidades de classe que os representam, os empregados têm os sindicatos que os representam e o Estado tem os Três Poderes que o representa. Deve haver um período de negociação entre as partes, para a acomodação dos interesses de cada um. O Plano tem o potencial de virar a página da Indústria no Brasil. A sociedade brasileira está carente, que se tiver uma melhoria do nível socioeconômico pode gerar um novo padrão de desenvolvimento para o país.

         Para a indústria brasileira sair da crise, só tem um caminho: OUSAR. Algo que está no DNA de todo empreendedor, o imposto que é gerado pela indústria não pode estar apenas a serviço do pagamento dos juros da dívida pública e a máquina do Estado, mas também deve ser destinado para o desenvolvimento sustentável do país. Por isso, o Plano Safra da Indústria deve ser uma política de Estado, o setor industrial deve cobrar anualmente o Plano, para poder planejar investimentos e prever os resultados. Ainda tem o setor de serviços, mas antes deve-se consolidar o Plano Safra da Indústria.

         O Brasil pode mudar muito e começar a reter talentos que anualmente migram para outros países em busca de oportunidades melhores. Uma vez consolidado o Plano Safra da Indústria, deve-se criar uma Plano Safra do Setor de Serviços, e quando consolidado os três planos: Plano Safra do Campo, Pano Safra da Indústria e Plano Safra do setor de Serviços devem se articular e funcionar de forma integrada, gerando oportunidades de negócios, empregos, aumento da renda e aumento da receita tributária, proporcionando a materialização de uma Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável. O Brasil pode, o que falta para ser feito? Se for concretizado, é uma virada de página do Brasil.

A inversão de prioridades do Estado brasileiro, por Eduardo Giannetti



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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

O Brasil merece uma virada de página !

 


         O maior debate econômico no Brasil ocorre entorno da visão econômica de direita e a visão econômica de esquerda, só que o Brasil merece uma virada de página. Deve-se responder as seguintes perguntas: O que o povo brasileiro precisa? Ele precisa ser próspero no seu trabalho, isso inclui empregadores e empregados. Para que o povo brasileiro precisa ser próspero? Para elevar o bem-estar da população, seja empregador ou empregado. As nossas lideranças políticas acreditam que estes ideais são possíveis de ser alcançados? Através de atitude, muito trabalho e uma mudança de mind set, uma mudança de mentalidade.

         A esquerda precisa entender que o lucro de um empreendimento é fruto de uma técnica contábil que tornar o processo da vida sustentável e viável, ou seja, a receita maior que a despesa permite um resultado superavitário capaz de proporcionar mais investimentos. A direita precisa aprender melhor a destinar o lucro que se obtém com os empreendimentos, ou seja, aceitar que uma parcela deve retornar à sociedade na forma de investimento, para torná-la mais próspera e justa. Os investimentos importantes são: moradia, saúde, educação, pesquisa, ciência e tecnologia.

         O Brasil merece virar a página de sua própria história e se permitir que se torne uma país próspero para todo cidadão. Se o Estado fizer a sua parte através de políticas públicas e focar nos investimentos importantes, poderá gerar oportunidades de negócios e atrair a iniciativa privada, com a também geração de novos empregos formais com carteira assinada. O lucro de um empreendimento quando bem empregado é uma benção, permite que se criem oportunidades de negócios.

         A pergunta que se faz: onde o Estado está sinalizando as novas oportunidades de negócios para os empreendedores? E onde estão sendo sinalizadas novas oportunidades de trabalho para os colaboradores? O Brasil está diante de sua maior oportunidade de desenvolvimento no século XXI, a economia verde fundamentada na revolução científico tecnológica. As possibilidades são inúmeras, o que está faltando para começarmos a virar a página do Brasil e nos tornarmos um país próspero? A oportunidade está na nossa frente, precisamos iniciar o processo a partir de uma base superavitária e responsável, para gerar a esperança, confiança e credibilidade para atrair o empreendedor (investidor).

         As possibilidades são muito maiores se os investidores se sentirem atraídos pelo Brasil na nova economia verde, do que o Estado ficar lutando por migalhas tributárias, que não serão capazes de mudar a realidade estrutural do país. Precisamos de líderes que pensem para além das ideologias de direita ou de esquerda. O Brasil merece uma virada de página e encontrar o caminho da prosperidade duradoura e sustentável. E para isso precisamos responder duas perguntas: Por que se deve fazer isso? Para que se deve fazer isso? Se buscarmos as respostas no íntimo de nossos corações, nós iremos nos surpreender com as respostas, veremos que a busca é semelhante para todas as pessoas bem-intencionadas, que quer viver em uma país onde o povo seja realmente feliz.

História econômica do Brasil até 1930 !


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sábado, 5 de agosto de 2023

Um “Salário Verde” para uma “Economia Verde” !

 


         O modelo econômico mundial está em transição, saindo da “Economia Suja” com base nos combustíveis fósseis para uma “Economia Verde” com base nos combustíveis renováveis limpos que possibilitam a sustentabilidade no processo de extração, produção, consumo e reaproveitamento. O maior desafio é criar um mercado consumidor “Verde”, ou seja, uma renda, um “Salário Verde” que possibilite a circulação de bens e serviços de forma sustentável e circular.

         Um exemplo: o preço mais barato do automóvel a combustão no Brasil em 2023 é: Renault Kwid Zen 1.0 - R$ 68.990 e Fiat Mobi Like 1.0 - R$ 68.990. São automóveis com motores criados a partir da “Economia Suja”. Já o preço mais barato do automóvel elétrico no Brasil em 2023 é: Caoa Chery iCar - R$ 119.990. É um automóvel elétrico com motor criado a partir da “Economia Verde”, então, para que a indústria da “Economia Verde” possa prosperar, terá que criar um “Salário Verde” para o trabalhador ter capacidade de consumo dos seus produtos gerados pela “Economia Verde”, pois a diferença de preço do automóvel com motor a combustão e o automóvel com motor elétrico é de 42,5%. Se comprar um automóvel zero com motor a combustão é difícil para classe média, imagine comprar um automóvel elétrico zero Km porque não basta comprar o automóvel, tem que ter uma renda para pagar o IPVA e o Seguro do Carro. 

         A “Economia Verde” não significa redução do custo dos produtos, serviços e salários, mas a necessidade de um reajustamento da nova realidade que surge. A “Economia Verde” só será sustentável se tiver um mercado consumido adequado para as suas necessidades e expectativas, pois o maior ganho para a sociedade é a geração de valor onde todo produto e serviço da “Economia Verde” agrega valor para a sociedade, elevando a padrão de vida de todos com o aumento da renda e do “Salário Verde”.

         A lógica da “Economia Verde” não é a redução de custo, mas a “Geração de Valor”, agregando valor ao produto e serviço que torna sustentável e viável a própria “Economia Verde”. Acredito que os consumidores estão preparados para fazerem uma opção por produtos e serviços da “Economia Verde”, só precisam ter uma renda ou salário que possibilite realizar o sonho da compra de produtos ou serviços socialmente e ambientalmente responsáveis. O próximo desafio para a “Economia Verde” é criar “Salários Verdes”, que crie um mercado consumidor “Verde”.

Economia Verde



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